A cortiça é um produto natural, de origem vegetal, que provém do sobreiro (QUERCUS SUBER).

Esta árvore, símbolo nacional, encontra-se amplamente difundida por toda a bacia mediterrânea, com maior predominância em Portugal continental, uma vez que as suas características tornam-no no habitat ideal para o desenvolvimento de tão nobre árvore. Sendo responsável por uma larga margem do consumo do carbono produzido em Portugal.

A cortiça é extraída do Sobreiro a cada nove anos, sem que este sofra qualquer dano. A manutenção do montado de sobro é garante de habitat para mais de 21 espécies diferentes de animais, que dependem diretamente desse habitat.

A cortiça é constituída por 45% de suberina, 27% de Lenhina, 12% de polissacarídeos, 10% de ceróides e 6% de Taninos. A sua estrutura celular é de forma alveolar, semelhante a um favo de mel e é constituída por cinco camadas. As primeiras duas camadas são constituídas essencialmente por gases semelhantes ao ar, a terceira camada protege as duas anteriores, as duas últimas camadas, que sendo constituídas essencialmente por Suberina, garantem a rigidez e a textura tão características deste produto.

A cortiça apresenta-se, assim, como um produto natural, reciclável e biodegradável, leve, impermeável a gases e líquidos, elástico e compressível, não alimenta a propagação de chama, resistente ao atrito e com excelentes propriedades de isolamento térmico, acústico e vibrático.